Desde de que tirei minha CNH de moto em 2007 e comecei minhas pequenas viagens, sonhei em um dia pilotar pelos Alpes da Europa, principalmente pela Itália, terra do meu avô.
Anos se passaram, muitas viagens, mais de 100mil km rodados pela América do Sul e alguma coisa pequena pela Europa, e chegou a hora de rodar pelo meu sonho…
Um ano pesquisando, organizando, procurando saber quais eram os mais lindos caminhos (impossível, tudo é lindo), definindo o roteiro, hotéis e tudo o mais. Mas sempre com a certeza de que tudo pode ser facilmente alterado se necessário.
registro do Garmin Zumo 390L
A moto escolhida foi a BMW R1200GS, a mesma que tenho, isso pois sabia que teria um nível considerável de dificuldade nas curvas fechadas dos passos com garupa e bagagem. A locação fiz pela Allround Motorradvermietung por indicação do Bernd Holzberger da Moto Point (meus agradecimentos). Obrigado também ao Danilo que me atendeu pelos emails, muito atencioso e facilitou muito pois fala português.
A viagem não foi só de moto, aproveitamos para realizar outro sonho, ver o Federer jogando. Fomos ao torneio de tênis de Halle, de grama, com Federer, Zverev, Thiem, Coric, Nishikori e outros atletas ATP. O relato completo de toda a viagem está no meu blog de viagens (viadeipaladini.blogspot.com).
Rota de moto em rosa, e carro em vermelho
Com tudo definido foi só aguardar e aguentar a ansiedade.
Chegamos no Domingo em Munique no início da tarde, aproveitamos para dar uma passeada pelo centro da capital Bávara e depois descansar para no outro dia ir pegar a moto e iniciar o roteiro.
Marienplatz Munich
Cervejaria Augustiner desde 1328
DIA 01 (11jun) - Erding GER até Gosau AUT - 252km
Acordamos cedo, e pegamos o trem até a cidade vizinha de Erding, onde fica a locadora Allround. Fomos com as duas malas grandes de viagem, que deixamos na locadora até o retorno (pois depois estaríamos de carro) então ali pegamos um taxi até a loja. Chegamos antes das 10h.
Fui muito bem atendido e lá também encontrei o Edgard um motociclista brasileiro que estava voltando de uma viagem também pelos alpes e ia agora acompanhar outro grupo de brasileiros.
A moto alugada foi uma modelo Rallye, sinceramente me desagradou em alguns pontos, como o banco reto (desconfortável para o garupa), bolha muito pequena (não ajudou nas autobahn) e as malas originais da BMW que na minha opinião são pequenas e ergonomicamente ruins. Faltou também um riser de guidão para meu tamanho, mas isso claro não iria ter.
Vejam, não estou reclamando do atendimento da locadora, só comparando o modelo da moto com a minha que é uma Sport com algumas modificações.
Adaptei meu Garmin Zumo 390L que levei com o suporte de carro e o carregador veicular, que liguei na entrada 12v da moto, ficou perfeito. Já tinha nele todos os roteiros feitos, os mapas baixei no (garmin.openstreetmap.nl) e tudo funcionou perfeitamente.
Colocamos nossas roupas e pé na estrada, ou melhor pneus na estrada… era perto das 11h.
As estradas são perfeitas, um tapete, mesmo passando dentro de pequenas vilas tudo flui muito tranquilo. Só me impressionou a quantidade de caminhões nas estradas alemãs, achei que usassem mais trem para transporte. Uns poucos quilômetros depois de sairmos a moto acendeu aviso de pressão baixa dos pneus, um susto, mas não foi nada, calibrada e tudo certo.
Perdi uma mudança de estrada e acabei andando 40km a mais, ainda num trecho de pista que estava em obras com um pouco de movimento. Andei um pequeno trecho no corredor, espero não vir nenhuma multa disso.
Toquei sentido Áustria. Antes de passar a fronteira parei no primeiro posto para um café e para comprar a “Vinheta”, um adesivo que deve ser colado no pára brisa e é o pedágio para rodar nas vias austríacas, custou €5,20 para 10 dias (mínimo comercializado).
Entrando na Áustria, passamos ao lado de Salzburgo e depois seguindo para Gosau onde ficava o hotel. Foram 252km até o hotel em estradas absolutamente perfeitas.
República da Áustria
Inicialmente tentei hospedagem em Hallstatt mas não consegui então peguei esse Hotel Gasthof Gosausee, em Gosau, que fica as bordas do Lago Gosausee. Chegamos umas 15h e fomos pro quarto trocar de roupa e tomar uma banho.
Lembrando que era verão, então pegamos muito calor, principalmente nos trecho congestionados. Mas outra grande vantagem é que 5h da manhã já está sol e 22h que escurecia, ótimo para aproveitar as cidades.
Descemos e fomos tomar um chopp e comer uma CurryWurst.
Gosausee
currywurst e Kaiser importado
Depois um passeio pela orla do belíssimo lago. No meio do trajeto começou a trovoar e voltamos para não nos molharmos, e choveu, não muito forte mas por um bom tempo.
Mais a noite, não muito, 20h fomos jantar no hotel mesmo, pois a cidade era longe e nem precisava. Comum por toda a região jantarem cedo, os restaurantes normalmente servem até umas 21h somente.
DIA 02 (12jun) - Gosau AUT até Lienz AUT - 225km
Tomamos o gostoso café da manhã do hotel e seguimos cedo, com tempo bom e temperatura de 13 graus (990m de altitude).
Fomos até Hallstatt que fica 20km dali. Estacionei em um Parkplatz pago pois não sabia se era permitido estacionar em calçada como vejo em outros locais.
Hallstatt - Áustria Elevação: 511 m População: 760 hab Resumo histórico: Ocupação desde a pré-história, conhecida por sua produção de sal. |
A cidade é de contos de fadas, parece uma pintura. Andamos pelas ruas, orla e praça. Depois subimos na Skywalk por um Funiculá, de lá a vista da cidade e do lago é fantástica.
Funiculá até o Skywalker
Seguimos em direção a Lienz, no caminho numa pequena cidade Mitterberghutten paramos em um Gasthof (restaurante) para comer algo. Lugar simples e ninguém falava uma única palavra em inglês, então o jeito foi se entender por gestos hehe, mas deu tudo certo e comemos um macarrão.
Logo uns km a frente começou a chover, paramos e colocamos as capas de chuva que levei junto, mas o problema foram as botas que não eram impermeáveis. Mas não fez tanto frio (7 graus), então tudo certo !
Uns 40km a frente entramos em um dos top pontos da viagem, o Passo Grossclockner. Paramos no pedágio, apesar de ter a vinheta para as demais estradas, o passo tem pedágio e caro, foram €26,00 para a moto, mas vale cada centavo.
A Estrada Alpina de Grossglockner, com seus 48km e 36 curvas fechadas (mas bem de boas), é considerada a mais bela estrada panorâmica da Europa, e realmente faz por merecer esse título. Mesmo com chuva e frio de 7graus foi espetacular poder atravessar esse parque nacional. A montanha Grossglockner é a mais alta da Áustria (3798m).
Topo do passo a 2407m
No topo do passo tem uma parada, com grande restaurante/café e também a Fuscher Törl, um monumento aos operários que trabalharam na construção.
Estava tendo no dia, ou deve ser normal hehe, um encontro de Porsches por lá.
Café no Restaurant Fuschertörl
A descida do passo também é muito linda, e o GPS como de costume me mandou por uma estrada secundária (mesmo estando configurado pelo trajeto mais rápido), eu curto pois essas pequenas estradas são as mais legais.
Chegamos em Lienz ainda com chuva, ensopados, fomos direto para o hotel tomar um banho quente.
Lienz - Áustria Elevação: 673 m População: 12mil hab Resumo histórico: Colonizada desde a idade do Bronze por volta de 2000 AC. O povo celta viveu por lá em 300 AC, principalmente como mineiros, que ficaram sob o controle do Império Romano em 15 AC. Era chamada de Agunto durante o período romano. Foi ocupada pelos franceses em 1797, pelo italianos em 1918 e em 1945 pelos britânicos. |
Opa, dia dos namorados ! Fomos curtir. Primeiro paramos em Irish Pub e pedimos bebidas, a Mi foi de cerveja local e eu pedi outra que era na verdade uma espécie de cidra, bem boa.
Depois fomos dar uma volta na cidade e por fim jantar. Cordon Bleu para mim e Polenta com goulash para a namorada, vinho para acompanhar.
DIA 03 (13jun) - Lienz AUT até Stelvio ITA - 245km
Acordamos com tempo nublado mas ainda seco, a roupa secou bem, as botas mais ou menos. Depois do café tocamos viagem.
Logo 35km depois de Lienz já chegamos a fronteira da Itália, alegria em pela terceira vez poder pisar em solo italiano !
Interessante como em tão poucos quilômetros muda muita coisa. Na Itália se vê muito mais obras históricas (fortificações, castelos, muradas etc), o asfalto também é diferente, infelizmente menos perfeito, mas ainda muito bom.
Sacrario Militare di San Candido
Ops, começou a chover de novo… capas de chuva e vamos em frente.
Paramos na pequena Vila de San Sigismondo para tomar um café e comer um docinho… delícia.
Um caminho muito interessante, cheio de história.
Chiusa di Rio Pusteria - Século XII
Forte di Fortezza - 1833
Mais um Passo nesse dia, dessa vez o Passo Giovo ou Jaufenpass. Esse menor, mas não menos belo. Muitas curvas no meio de uma vegetação verde e a turma de moto aproveitando.
Já na descida paramos em um restaurante para comer algo, pois já era perto do meio dia. Apesar de estarmos na Itália, não só o nome da pousada e restaurante era alemão mas a família dona também, e falavam bem pouco italiano. Tinha uma turma muito grande de motociclistas, todos alemães, deviam estar hospedados ali na pousada.
Pedimos uma sopa pra esquentar e para surpresa da Milene veio uma sopa que sua vó fazia quando ela era criança, Canerdelli, um bolinho de pão temperado junto com o brodo, bom demais.
almoças com essa vista vale tudo...
Canerdelli in brodo
De barrigas cheias e quentes continuamos a descida até a cidade de Merano, por onde passamos perto do centro.
Castello di Castelbello, anterior a 1238
Chegando em Spondigna, logo antes da localidade de Prato allo Stelvio (algo como Pradaria do Stelvio) iniciamos a estrada do Passo dello Stelvio. Já começa a subir e algumas curvas bem legais, linda paisagem ainda bem verde.
Nossa parada nesse dia foi em Stelvio, cidade que dá nome a toda a região.
Chegamos já com tempo melhor. O hotel Traube fantástico, apartamento com dois quartos e um banheiro gigante. Fomos tomar um banho, trocar de roupa e depois dar uma volta pela pequena vila.
Stelvio Elevação: 1311 m População: 1215 hab Resumo histórico: Cidade que teve importância nas guerras mundiais por estar num dos caminhos estratégicos.Sua igreja foi construída em 1867. 98% da população fala alemão como primeira língua. |
O hotel tem um restaurante próprio, simplesmente fantástico… primeiro tomamos unas birras alemãs é claro hehe, depois fomos dar uma descansada para perto das 20h jantar (jantam cedo como falei).
Apesar da maioria alemã por lá, do hotel ter nome alemão, o exagero era italiano !
Primeiro serviram um prato, completo, de gnocchi di patate, dopo un brodo di pane, poi una braciola di maiale con verdure e un dessert alla crema brule, Mamma Mia !!! Ah, é vero que acompanhamos com um vinho da casa.
DIA 04 (14jun) - Stelvio ITA, Suíça, Liechtenstein até Feldkirch AUT - 220km
Acordamos com um dia de céu azul, como um grande amigo meu sempre disse: God is good for us... tudo deu certo nesse dia que foi o mais intenso da viagem, e o mais esperado. Isso porque neste dia foram três Passos muito legais, o Passo dello Stelvio na Itália e o Umbrailpass e o Albulapass na Suíça.
Tomamos o café da manhã do hotel que foi outra exagero de delícia, praticamente um almoço. Partimos para o passo... bastou descer o morro da cidade e já estávamos nas curvas do Stilfserjoch (Passo Stelvio).
Forte de Gomagoi
Forte Austro-húngaro de 1860, chamado de a barreira de Gomagoi, o sistema de fortificações construídas para defender o acesso a Áustria através da passagem de Stelvio.
Sempre ouvi falarem das curvas do Stelvio, que eram complicadas, muito fechadas etc. Na minha arrogância pensava: quem já fez o Rastro da Serpente raspando pedaleira de Boulevard C1500, ou a Serra do Rio do Rastro de Boulevard M800 isso vai ser moleza. Lembram do Edgard, o motociclista que encontramos na Allround, ele disse que eram curvas bem complicadas, novamente desconfiei.
Passo dello Stelvio Características: 2757 m com 40km de comprimento e 60 curvas, muitas de 180 graus Construção: 1825, em 03 anos apenas Resumo histórico: Durante a Primeira Guerra Mundial, foi palco de violentos confrontos entre a infantaria austríaca e italiana, sendo o passo certo na fronteira ítalo-austríaca. Após a vitória em 4 de novembro, ambos os lados eram italianos, então o passo perdeu sua importância estratégica para conectar Viena a Milão e, portanto, o fechamento sazonal foi decidido. |
Chegando ao topo tem uma vila praticamente, hotéis, restaurantes, lojinhas. A maioria ainda estava fechado quando chegamos, mesmo assim consegui comprar minhas lembrancinhas e tirar a clássica foto na placa do passo.
Apesar de ter levado meus adesivos, não colei em nenhum local, pois não achei certo colar num monumento público. Se tivesse um mural próprio aí teria colado, mas...
Ah, tem uma situação que lembrei, eu não abasteci a moto. Não lembrei de verificar se tinha posto em Stelvio ou ali perto. Bem, eu tinha uma autonomia marcando cerca de 180km, o que teoricamente daria de sobra até o próximo posto, mas a subida foi em primeira e segunda marcha nas curvas, o que aumentou muito o consumo claro. Cheguei no topo com cerca de 70km de autonomia... e agora hehe Perguntei para um Polizei que estava por lá e ele disse que teria posto em baixo sem problemas, ufa ! Quase pitoquei...
2 graus
Iniciamos a descida, mas por bem poucos km no Stelvio, pois logo a frente pegamos a direita a entrada do Umbrailpass (2583m), já fronteira com a Suíça. Outro lindo passo, mas esse sem gelo, só verde margeando o rio Muranzina, e castores, muitos castores.
monumento aos soldados suíços e italianos
onde está o castor ??? vimos muitos deles
Chegamos a comuna de Santa Maria Val Müstair (1375m), pequena e muito charmosa. Ali já abasteci a moto e tomamos um delicioso café.
Cabeção, me esqueci de comprar a "vinheta" das estradas suíças, aquela anual, então meu foco era parar no primeiro local que pudesse vender. Esse trecho até a próxima cidade passava por dentro do Parc Naziunal Svizzer (Parque Nacional Suíço) por um outro passo, o Ofenpass (2149m). Fui encontrar a vinheta na próxima cidade, Zernez. Nada barato, €36,00, para andar só 165km em terras suíças.
Logo mais a frente estava a entrada do próximo grande passo, o Albulapass (2315m). Esse passo tem cerca de 35km margeando o Ova D'Alvra (Rio da Alvra) e por ele passa uma ferrovia muito importante da região. Túneis, pontilhões, pontes, tudo muito lindo.
Albulapass passando pelo meio do Albulasee
O lado mais oeste por onde passa a ferrovia é bem montanhoso, montanhas de pedra que a estrada corta de maneira imponente.
Chegando em Albula/Alvra, subimos em sentido Coira/Chur, considerada uma das cidades mais antigas da Suíça, onde paramos para almoçar. Cidade muito bonita, grande. Comemos num restaurante na rua do centro antigo, uma delicia a comida, simples mas espetacular.
1933
Coira/Chur
Vale aqui comentar que nessa região é comum os nomes sempre estarem em duas línguas, no caso da Suíça naquela região em Alemão e Romanche (muito parecido com o Italiano).
Próxima parada foi em Vaduz em Liechtenstein. Tentamos visitar o Castelo de Vaduz, mas não conseguimos, não encontramos a entrada, nem estacionamento, na real nem pesquisei pra saber se era possível.
Depois tentei encontrar um estacionamento para deixar a moto e dar uma volta pelo centro, e também não conseguimos. Sei lá, pode ser que eu estava meio sem paciência, então fomos embora.
Vaduz, Liechtenstein
Castelo de Vaduz
Liechtenstein Elevação: 430 m População: 38000 hab Resumo histórico: Sua origem remonta o Império Romano em 15 AC, mas a atual Casa de Liechtenstein comanda desde o século XV. Língua principal é o alemão e sua maioria alemães. |
Liechtenstein faz fronteira com a Áustria, e era para lá que iríamos, para a cidade de Feldkirch.
Feldkirch estava bem pertinho, só 15km. Chegamos e fomos para o hotel. E que hotel legal, bem moderno. Tomamos um banho, nos arrumamos, ali já estava mais quente e fomos para a cidade conhecer. Outra bela surpresa da viagem, a cidade é maravilhosa, apesar de bem desenvolvida ainda mantem os ares medievais, um rio corta o centro histórico (ou o centro histórico acompanha o rio, é o mais certo né), e as casas históricas os acompanhando.
Feldkirch Elevação: 458 m População: 32500 hab Resumo histórico: A bela cidade medieval, que permanece bem preservada até hoje, foi mencionada como cidade pela primeira vez em 1218. O rio Ill que corta a cidade deságua no Rio Reno. |
DIA 05 (15jun) - Feldkirch AUT até Erding ALE 271km
E chegou o último do passeio de moto (ainda fizemos mais uma semana de carro). O café da manhã do hotel é servido numa padaria do mesmo grupo em anexo, Livre... foi a palavra chave para os dois gulosos! Os embutidos e queijos da região são algo indescritível, adoramos.
Esse dia nem teve fotos, pois logo na saída da cidade já pegamos a autobahn e tocamos 270km nela até Erding para devolver a moto.
Chegando lá arrumamos nossas malas, trocamos de roupa e o Ralph, gerente da locadora, gentilmente nos deu uma carona até a estação de trem. Bom de papo, fomos conversando bastante.
Depois fomos para o hotel em Munique, ficamos dois dias por lá e seguimos ao norte da Alemanha de carro para ver o torneio de tênis de Halle, mas tudo isso é outro relato que vai estar no meu blog de viagens da família.
Como referência aos motociclistas que pretendem fazer algo parecido, segue algumas informações.
Km Total: 1200km
Consumo da GS1200: 4,5 L/100km = 22,22 km/L
Gasolina: 54L - €1,5 litro = €80,00
07 dias (05 de moto)
05 Países: Alemanha, Áustria, Itália, Suíça e Liechtenstein
06 Passos: Grossclockner AUT, Giovo ITA, Stelvio ITA, Umbrail SWI, Alfen SWI, Albula SWI
Aluguel da moto: €760 (seguro completo com franquia reduzida)
Gasolina: €80
Pedágio e Vinhetas: €70
Hospedagens: €600 (padrão médio superior)
Alimentação: €450 (café da manhã, cafés, cervejas, almoços e jantares)
Turismo: €50
TOTAL: €2000 + passagens para o CASAL
Já escrevi isso outras vezes, mas vou falar de novo: Amei rodar pela América do Sul, Patagônia principalmente. Mas para chegar até lá e começar a ver o que é legal é necessário rodar uns 5mil km e depois voltar neles... assim você anda 10mil só de deslocamento e depois uns 2mil que realmente valem a pena. Para isso são necessários mais de 20 dias e todo o custo envolvido. Legal fazer sim, uma vez, duas como eu fiz, blz !
Mas fazer uma viagem dessas para Europa é totalmente viável.
Os custos podem ser ainda muito menores, tem hotéis bem mais baratos fora do centro, almoços são dispensáveis, jantares podem ser controlados, a moto não precisa ser uma GS1200, uma F700 teria atendido plenamente mesmo em dois. A passagem de avião, muitos tem milhas, saindo ainda mais barato.
Ter o privilégio de rodar por lugares que são utilizados a milênios, outros a séculos, é algo que me agrada demais. Os castelos, as cidades medievais, as estradas perfeitas.
O que eu posso dizer é: não é porque é Europa que é caro e inviável, muito pelo contrário.
E que venham outras !!! em breve...