540km e maior parte em serras, 100km de terra
Dia quente de verão, saí da Praia Brava em Itajaí as 9h e segui pela BR101 sentido Rancho Queimado na BR282, movimento médio, mas tudo tranquilo.
Em Rancho Queimado peguei a SC108 caminho para Anitápolis, uma das estradas mais prazerosas que pilotei nos últimos tempos. Asfalto perfeito, curvas, subidas e descidas, casas coloniais muito caprichosas, muito verde e um rio margeando o trajeto.
Resolvi colocar a moto em uma ponte para tirar uma foto, até aí tudo bem, complicado foi fazer o retorno em uma pirambeira de terra, alguns bons minutos e muito suor... Único imprevisto chato, foi um passarinho que resolveu se suicidar no meu capacete, e olha que quase me derrubou.
Muito calor, mesmo na altitude da serra
De Anitápolis até Santa Rosa de Lima peguei o primeiro trecho de terra do passeio, estradinha muito estreita, poucas costelas e buracos e o mais importante, pouco movimento de carros, mas mesmo assim sempre é um perigo nas curvas, obrigando faze-las sempre pela lateral, onde tem muita areia e canaletas d'água, nada fácil.
De Rio Fortuna até Grão Pará também foi por terra e dali já comecei o caminho para a Serra do Corvo Branco, SC439. Parei para fazer uma foto e tomar uma água e um casal em uma Falcon ao passar pararam pra me perguntar se estava tudo bem, bela atitude de motociclista, depois seguimos meio que juntos e inevitavelmente acabamos conversando e enturmando. Vitor e Marcy, saíram de MG e estavam passeando pelo Sul, já tinham feito 1700km e iriam até os cânions no RS. Fiquei sabendo depois quando escrevi esse relato que eles são do grupo VMAS (Viajantes de Moto América do Sul), só podia mesmo, muita gente boa nesse grupo.
Literalmente os bois na sombra...
A SCB é linda demais, imponentes montanhas com picos pontiagudos e a estrada que corta suas rochas. Nada muito fácil de subir, pois esta em condições bem precárias. Estão inciando os trabalhos paras asfaltamento, vai ficar espetacular, diria que até mais bonita que a Serra do Rio do Rastro. Mas foi legal passar por ali ainda nesse estado, e agora quem sabe a próxima quando estiver asfaltada.
Vista da Serra Geral com seus 160 milhões de anos
Garganta, onde a estrada corta dois paradões
de pedra paralelos, com cerca de 90m cada.
Próxima parada foi no pico do morro da Igreja, 1800m de altitude, para dessas vez tentar uma foto da Pedra Furada. Já tinha subido três vezes e nunca consegui uma foto por causa das nuvens. Oba, dessa vez deu certo! Fotos tiradas, despedi do casal mineiro e peguei o rumo de volta. Mais serras, Serra do Panelão e outras que nem sei o nome, movimento médio, e assim cheguei em Itajaí pelas 19h.
Realizado
Panorâmica do Morro da Igreja com a Pedra Furada
Mais alguém fazendo voo solo...
Casal mineiro
Em janeiro fui contatado por um jornalista da Revista Duas Rodas para publicar o passeio na revista, que foi para as bancas em fevereiro/14. Legal !