"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver” Amyr Klink

terça-feira, 9 de junho de 2015

VMAS Urubici SC


Terceiro encontro do VMAS - Viajantes Moto América do Sul que participo, o primeiro foi em Cananéia SP (veja relato), o segundo em Boa Esperança MG (veja relato) e agora o local escolhido foi Urubici SC.



Como sempre a ideia é juntar o pessoal pra confraternizar, falar de viagens e se divertir, em um ambiente com motociclistas de todo o Brasil, muito respeito e sem bagunça.

Formamos um pequeno grupo de casais saindo daqui de Blumenau, Rubem e Alzenir, José Márcio e Carla, eu e Milene e o Carlos e a Patri que vieram de Cotia SP e dormiram em casa na noite de quarta.

Carlos e Patri em casa

Saímos as 8h com destino São Joaquim para visitar a Vinícola Villa Francioni. Dia lindo, temperatura muito agradável, pra friozinho. Estrada tranquila, sem quase nenhum movimento.





Almoçamos em São Joaquim, os restaurantes mais badalados estavam cheios e não tínhamos muito tempo pra esperar pois a reserva da visita da Villa Francioni era pras 14h30. Escolhemos o Restaurante Lacave, comidinha campeira, entreveiro, batata doce caramelizada, tudo bem gostoso. Me surpreendeu o preço da alimentação na serra, bem mais barato que aqui por Blumenau (aqui está sendo uma das cidades mais caras pra comer. ).




Fomos direto dali pra Villa Francioni pois estava já no horário. Muito legal, o seu criador Sr. Dilor Freitas gostava muito de arte, assim o local é todo muito harmonizado com obras de arte, portas trazidas de vários lugares do mundo, tudo de muito bom gosto. Triste foi ele falecer antes de experimentar a primeira garrafa do seu vinho... Gosto é gosto, mas os vinhos não nos agradaram muito, além de ter achado muito caro.












Depois da visita seguimos para Urubici, parada obrigatória no mirante para fotos e pinhão. A temperatura baixando já dava dicas de uma grande noite acompanhada de boa comida e bom vinho.



Carlos e Patri ficaram numa pousada perto da nossa, quase em frente ao Emporium Serra do Sol, que foi o ponto de encontro principal do evento. Nós ficamos na Pousada do Coqueiro, também próximo (650m). Pra pousada uma nota 7, chuveiro elétrico bem quente mas daqueles que o jato atira pra todo lado, camas de solteiro juntas dificultam a conchinha hehe, café da manhã médio. Faltava um lugar legal com poltronas e lareira pra se tomar um vinho e comer um queijo.


Acho que só tinham motociclistas na pousada

Nessa primeira noite fomos comer ali bem ao lado no Restaurante Muller, bem aconchegante, ambiente rústico com lareiras e muita madeira. Cardápio típico da região e da época, Truta, Frescal, sopas. Pedimos um bom vinho e aproveitamos pra bater papo.


Todos cansados da viagem, fomos dormir.

A programação de sexta foi primeiramente o café da manhã hehe, depois aguardamos o Carlos e a Patri pra visitarmos o Morro da Igreja com vista pra Pedra Furada.

MORRO DA IGREJA

O Morro da Igreja é um morro pertencente ao Parque Nacional de São Joaquim, localizado na divisa entre os municípios catarinenses de Bom Jardim da Serra, Orleans e Urubici. Considerado o ponto habitado mais alto da Região Sul do Brasil com 1.822 m, seu cume é o terceiro mais alto de Santa Catarina e o quinto da região Sul do Brasil. Um registro de temperatura não-oficial de -17.8 °C, realizado no local em junho de 1996 foi manchete nacional como a temperatura mais baixa já registrada no Brasil.
Ali está instalado o CINDACTA II  Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II) da Força Aérea Brasileira (FAB) e também a Estação de Radar Meteorológico.
A configuração de uma igreja na pedra observada de baixo pra cima, ao pé do morro, foi a inspiração para o seu nome na época em que chegar ao cume era aventura para poucos.



Para visitar o Morro é preciso pegar uma autorização, pois o limite de veículos é limitado diariamente. Por sorte chegamos ainda cedo, para os padrões, e ao chegarmos no morro aguardamos só 1h de fila... faz parte. Teve gente que deve ter ficado muitas horas pois a fila estava gigante. Infelizmente sempre tem muito idiota nesses lugares, largam os carros estacionados no meio do caminho, complicando e atrasando muito mais que o necessário.














Descemos e fomos almoçar no Restaurante Santo Antonio, outro que aconselhamos, muito legal, também todo rústico, mesas grande de madeira, mezaninos, ótima comida e preço muito justo.


A melhor torta de maçã

O próximo desafio era a Serra do Corvo Branco, uns diziam que chegava e outros que tinha barro no caminho... mesmo assim arriscamos e fomos. Show !!! São uns 5km só de terra, mas está até boa, aí já chega na garganta.

SERRA DO CORVO BRANCO

A Serra do Corvo Branco é parte da cadeia rochosa denominada Serra Geral que tem origem no Paraguai e corta os três estados da Região Sul do Brasil, indo na direção do Uruguai e Argentina, dividindo o litoral do interior de Santa Catarina.
A Serra do Corvo Branco está localizada no sul do estado de Santa Catarina, pela qual passa a Rodovia Estadual SC-370, estrada que liga os municípios de Urubici e Grão Pará, por cerca de 56,5 km, sendo que a diferença de altitude entre as duas cidades é de 805 metros (Grão Pará 110 m e Urubicí 915 m acima do nível do mar).
A serra recebe este nome devido a uma ave de rara beleza, conhecida como Urubu-rei. Esta ave, de plumagem branca e alguns detalhes coloridos, desconhecida pelos habitantes locais, foi apelidada erroneamente de corvo, originando o nome Corvo Branco.












Voltamos pra descansar e se preparar pra noite. As moças ficaram no Emporium enquanto os senhores foram até o Clube da cidade no lançamento do DVD Caminhos da América 4, do amigo Vantuir Boppre. Tenho a coleção toda, são todos ótimos, o primeiro foi Atacama, Machu Picchu, Bolivia, o segundo o Vale das lágrimas onde caiu o avião com os jogadores de rugby chilenos no alpes, o terceiro foi o litoral brasileiro, esse agora Ushuaia e Ruta 40.


Assistimos a apresentação e voltamos pra jantar com as damas, o local escolhido agora foi uma Padaria e restaurante muito legal, o café Canhambora, bem na avenida principal, muito acolhedor, ótimo atendimento, familiar. O dono é de Florianópolis, a esposa está morando já em Urubici, ele tem uma grande mecânica na capital, e já está se mudando pra serra pra montar uma mecânica de restauração. O manezinho falava muito, gente boa demais.




Eu comi um frescal com farofa de pinhão e queijo serrano gratinado, bom demais !!!
Não contem pra ninguém, mas na volta as mulheres vieram na garupa da moto sem capacete... que coisa feia heim.

Sábado o casal Carlos e Patri iriam já iniciar o retorno pois a quilometragem deles era maior. Eles iriam junto com um grupo, mas foram "esquecidos" por eles que saíram antes do combinado, ts ts ts. Então mudamos um pouco nossos planos e foi muito bom. Primeiro tocamos até a Cascata do Avencal, algumas fotos e seguimos pro Mirante da Serra do Rio do Rastro.


Já fui algumas vezes lá, mas nunca tinha visto tão lotada ! Feriado, dias lindos, frio, tudo de bom a serra, e todos pensaram igual hehe.


O Rubem deu a sugestão de almoçarmos ali no Rio do Rastro Eco Resort. Caraca, que ligar lindo ! A comida estava perfeita, mas o destaque foi pro entreveiro, porco assado com gergelim, um ragu de carne e a sobremesa de banana com doce de leite, que coisa mais espetacular.






Dali Carlos e Patri seguiram viagem e nós retornamos parando antes pra comprar queijo serrano e salame, e depois no Snow Valley no caminho pra São Joaquim. Tomamos um café, ficamos vendo o pessoal descer a tirolesa, e depois tocamos pra Urubici, chegando com belo por do sol.




Depois de um bom banho e descansar um pouco fomos até o Emporium pra fazer umas comprinhas com o Felipe do Motogrife. Tomamos um vinho e fomos jantar do restaurante do Sesc, esse foi bem meia boca, não sei se por que já era sábado a noite (21h) e tudo já tinha acabado, ou pela falta de preparo e jogo de cintura da tia que atendeu, mas tudo ou não tinha ou era difícil. Paciência, nem tudo é perfeito.



Domingo, dia de voltar pra casa, como sempre dizemos: viajar é bom, mas voltar pra casa é ainda melhor. Optamos em retornar pela BR282, Serra do Panelão, entrando em Alfredo Wagner e subindo até a BR470. Foi ótima opção, pois estava sem transito, temperatura agradável, pelo menos até Apiúna, depois fez um baita calor.

Aproveitamos para passar pela ponte pênsil em Indaial.


Fome bateu forte e mesmo estando perto de Blumenau paramos para almoçar no Clube Indaial que fica com o restaurante com uma bela vista do Rio Itajaí-Açu.


Chegamos em casa como previsto as 15h, viagem ótima, perfeitos dias de céu limpo e temperatura agradável, boa comida, ótimos amigos. Agora é só marcar a próxima !



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